Em meio à crise do coronavírus, lojas virtuais de sex shops têm aumento nas vendas, com atendimento personalizado e agilidade na entrega de produtos
São Paulo, 01 de junho de 2020 — Enquanto empresas de diversos setores lutam para não fecharem as portas em meio a pandemia, e-commerces de sex shops conseguem manter o faturamento sem grandes perdas. Para isso, novas estratégias de vendas surgem diariamente, como o atendimento personalizado e a rápida entrega de produtos.
No começo da crise, empresários e empreendedores da área relataram certo receio de impactos negativos, devido a inicial baixa nas vendas devido à incerteza social diante do novo coronavírus. Contudo, poucos dias após o início da quarentena, novos clientes foram surgindo e as vendas retomando seu ritmo.
Diversas empresas que nunca deram grande atenção ao seu e-commerce, hoje, o têm como maior fonte de renda. Fabio Alves Moreira, dono do e-commerce “Loja do Prazer”, ficou surpreso com tamanha demanda, registrando um aumento de 30% nas vendas. “Fiquei chocado porque eu penso diferente, tenho filho e quero guardar dinheiro, não gastar”, disse Moreira ao portal de notícias O Tempo.
Segundo matéria publicada no jornal Hoje em Dia, para Pedro Henrique Freitas, CEO da plataforma Lojas Integradas, os lojistas do mercado erótico sempre souberam que precisavam digitalizar, mas não tinham tempo para focar no e-commerce. Com a falta de opção, os esforços puderam se voltar a isso e cada vez mais novas estratégias de venda surgem.
De acordo com a revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios (PEGN) da Globo, Maisa Pacheco, dona de Sex Shops com seu nome em São Paulo, encontrou uma maneira única de personalizar o atendimento para o seu público. Com o conhecimento sobre as maiores dúvidas dos clientes, a empresária lançou o curso digital 9enoventa, no qual busca ensinar tudo sobre o uso dos produtos com mulheres reais.
Maísa conhece bem o seu público e sabe que possuem inúmeras dúvidas quanto ao assunto, mesmo que tenham vergonha de questionar. “Muita gente ainda não sabe como inserir o brinquedo, manusear da maneira correta, encontrar um ponto de prazer. Então decidi unir o útil ao agradável e elaborar esse curso”. Além disso, Pacheco relatou a revista um crescimento de 50% em suas vendas desde o início do confinamento.
Ela não é a única a se beneficiar de tamanha alta, conforme levantamento feito pelo Compre&Confie, empresa de inteligência de mercado focada em e-commerce, se compararmos o faturamento de 2018 ao de 2019, houve uma alta de 55,5%. A previsão para este ano é de mais uma quebra de recorde no setor, que movimenta mais de 1 bilhão por ano.
Quais são os melhores produtos de Sexshop?
- Bullet: um tipo de vibrador;
- Lubrificante Íntimo;
- Gel beijável térmico: estimula o beijo e outras práticas orais, tornando a relação mais sensorial;
- Gel para massagem corporal;
- Calcinha Tailandesa: é um modelo de calcinha diferenciado, utilizado em momentos mais quentes.
Uma empresa inovou no mercado promovendo um atendimento exclusivo com produtos a pronta entrega, iniciando suas vendas em 2019 a Isexshop conseguiu conquistar cerca de mil clientes por mês.
Ainda segundo a pesquisa do MercadoErótic.Org, mulheres casadas entre 25 e 35 anos foram as que mais procuraram vibradores para obtenção de prazer. O número de vibradores e consolos comercializados já ultrapassa a marca de 1 milhão, somente no período de pandemia. O maior público se encontra em São Paulo, o equivalente a 51,4% de toda receita gerada.
Para os donos de sex shops em todo o Brasil, o melhor período ainda está para chegar: o dia dos namorados. Nessa época do ano, Giovani Zanin, dono de sex shop que comemora alta nas vendas, afirma que em junho as vendas crescem cerca de 30%, conforme informações do jornal Edição do Brasil.
As boas perspectivas para o setor continuam em alta, conhecimento de marketing digital se tornam fundamentais e inovações surgem diariamente. Há quem venda seus produtos via Rappi, como o site de produtos eróticos Miess, e inúmeras outras estratégias também são adotadas.